Ora pois bacalhau, todas as portuguesas têm bigode e chamam-se ou Maria ou Joana. Todos os portugueses são padeiros e chamam-se Manel ou António.
Na verdade, este preconceito, pelo menos em São Paulo, está completamente ultrapassado. Aliás, com a mistra cultural desta cidade, é impossível haver preconceito. O que seria dos "Japas" todos do meu bairro que na verdade falam brasileiro? Aliás, não têm noção o que é ouvir muitos japas e em vez da fonética esperada, sai um "oi" ou um "txipo assim" lá está.
A mistura do Obikwelu mais azul e da Gisele mais esquálida dão as cores à cidade de onde ninguém é natural.
No entanto, nós, os colonizadores, temos a fama de formais demais, educados demais, tensos demais. Depois olham para mim e dizem: tu não és português! Ao que respondo: andam a conhecer os portugueses errados. Ou então o preconceito contra os brasileiros torna-se evidente nessas situações. Vá, admitamos que o que temos de exemplo em Portugal não é o melhor... A grande questão de ir "fazer uns bicos" para Portugal não ajuda à fama! (bicos=biscates)
Na realidade, o sotaque continua no limiar do intolerável, mas como nata da nata que sou, a minha capacidade de adaptação está ao nível, onde até já "sotaqueio" para me fazer compreender. Acreditem que ouvir "oi" várias vezes é mais irritante.
Ainda falando dos Japas, a maior parte dos residentes do meu bairro (aqui não se pode dizer zona, que é de putedo) a quantidade de restaurantes japoneses que há é impressionante. Imaginem ali a Rua das Portas de Santo Antão (onde é o Coliseu dos Recreios, para os mais distraidos), cheia de restaurantes. Agora imaginem na porta de todos ter aqueles caracteres e o menu de rodízio, mais caro ao jantar e ao fim-de-semana. Até se come sentado no chão, sem sapatos. Se bem que a posição acaba por se tornar incómoda. Mas Dário, aqui ias enjoar japonês (eu ainda não enjoei... ainda hoje!!! eheh)
Até já vou ao mercado ao fim-de-semana comer um yakisoba!
Aliás, não existe preconceito racial, sexual nem de nenhum tipo. Todas as "baladas" badaladas são GLS ou mais ou menos. Vê-se o Ediwalter e o Broduey Wachinton de mãos dadas a pulular para apanhar o metro com as suas calças arepeladas pela bunda acima. Vêem-se Dinas aos montões, com o colete de bolsos e a camisa xadrez.
Vê-se o grupo dos Emos à sexta no Metro da Consolação (prontos a descer a Augusta).
No entanto vê-se principalmente a despreocupação das restantes pessoas. Aliás, despreocupação ou simplesmente habituação a esta realidade?
Abreijos orientais
Zuca do pedaço
sábado, 28 de março de 2009
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3 comentários:
lol, achas mesmo?
Não tenho qualquer crença nessa tua causa.
Dêem-me peixe cru e sou feliz.
E se for para comer acompanhado por ti fico sempre satisfeito por conseguir comer mais que tu (coisa anatómicamente estranha).
Mas lá está ainda bem que n estou em São Paulo, teria o efeito contrário ao teu e viria a rebolar com cara de salmão fateado em cima dum rolinho de arroz. :P
Saudades, daquelas que fazem chorar.
:)
F***-se
Como não poderia deixar de ser
Queria escrever fatiado.
Deixo aqui a correcção.
(Diz lá que não te arranco aquele sorriso?)
Olha mais que peixe cru aos molhos, que bem adoro, e era capaz de alarvar mais que vocês os dois...tenho é saudades mesmo e vocês os 2!!!...este fim-de-semana encontrei o Dário na noite e fartei-me de gritar: ODEIO PNLROS...como só tu fazias!! MIsses!
Sónia
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